Apresentação

A ideia de criar um blog me perseguia a tempos. Foi só numa aula de redação que ocorreu o pontapé inicial. Uma proposta de criar um blog e escrever, valendo nota. Atualmente, não estou preocupado ou me importando com a nota. Gostei de bloggar, e farei isso com prazer!
Ivan Koelsch

Mural

Muito bem, gente...
depois de quase um século sem atualizar meu blog voltei com esse mural novo...
Meus foguetes ainda estão lá, firmes e fortes, mas "aposentados até as férias". Comecei a fazer algo bem diferente: Bombas de fumaça! Comprei o ingrediente principal no mercado livre (KNO3) e é bem legal. Minha mãe não me deixou fazer DENTRO de casa, então eu, muito engenhoso, cavei um buraco no chão, com tamanho o suficiente pra caber umas 4 telhas empilhadas. Então eu achei uns tijolos daqueles de churrasqueira, e coloquei-os em volta do buraco. Coloquei areia e umas pedras amarelas em volta. Recentemente eu passei cimento em volta pra não sair fumaça por todos os lados. Até que ficou bom. Achei uma chapa redonda de panela (que se põe embaixo da dita-cuja) e pus em cima do "forninho". Ali eu coloco lenha e faço a bomba!
comecei hoje (dia 31) a fazer pólvora! deu certo até agora...
Ivan

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sexto trecho

5. A cirurgia macabra
       De repente, senti uma dor no pé. Logo me lembrei da necrose que carregava. Aquilo exalava um fedor pútrido de pele e carne morta. Peguei o canivete que tinha encontrado e pus-me a cortar o ferimento. Era um processo árduo e doloroso, mas eu parecia já ter me acostumado com a dor. O canivete não estava afiado o suficiente, fazendo com que a carne fosse dilacerada. Eu estava inexpressivo, mas um espasmo involuntário me fizera acordar do meu devaneio. Eu acabara de dilacerar parte de um nervo, e a dor percorria o meu corpo. Espasmos seguidos vindo sem parar me faziam ter a sensação de que a minha cabeça iria explodir. Eu me contorci tentando amenizar a dor. Suava frio. Estava em êxtase, e os espasmos não cessavam. A dor era tanta que eu fiquei tonto. Por fim, a dor foi acabando, os espasmos cessando, até que eu consegui ouvir os batimentos cardíacos vibrando no meu pé, e com eles, um filete de sangue se esvaia devagar.
      Eu não conseguia mais mexer meu pé corretamente, pois tivera que tirar um grande pedaço de carne dele. Só agora, olhando para o rombo que ficou, foi que eu pude perceber a real dimensão do estrago. Refiz as ataduras e os curativos, peguei um remédio contra dor que eu tinha, comi algumas barras de cereal e alguns pepinos em conserva e fui dormir. Eu estava aquecido no meio de uma grossa camada de folhas. Eu estava tão exausto que nem me preocupei em me proteger de animais selvagens. Fiquei pensando no que ocorrera naquele dia, até que o sono me venceu.

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