Apresentação

A ideia de criar um blog me perseguia a tempos. Foi só numa aula de redação que ocorreu o pontapé inicial. Uma proposta de criar um blog e escrever, valendo nota. Atualmente, não estou preocupado ou me importando com a nota. Gostei de bloggar, e farei isso com prazer!
Ivan Koelsch

Mural

Muito bem, gente...
depois de quase um século sem atualizar meu blog voltei com esse mural novo...
Meus foguetes ainda estão lá, firmes e fortes, mas "aposentados até as férias". Comecei a fazer algo bem diferente: Bombas de fumaça! Comprei o ingrediente principal no mercado livre (KNO3) e é bem legal. Minha mãe não me deixou fazer DENTRO de casa, então eu, muito engenhoso, cavei um buraco no chão, com tamanho o suficiente pra caber umas 4 telhas empilhadas. Então eu achei uns tijolos daqueles de churrasqueira, e coloquei-os em volta do buraco. Coloquei areia e umas pedras amarelas em volta. Recentemente eu passei cimento em volta pra não sair fumaça por todos os lados. Até que ficou bom. Achei uma chapa redonda de panela (que se põe embaixo da dita-cuja) e pus em cima do "forninho". Ali eu coloco lenha e faço a bomba!
comecei hoje (dia 31) a fazer pólvora! deu certo até agora...
Ivan

sábado, 9 de abril de 2011

Décimo primeiro trecho


10. Noite
   Acordei suado,com uma brisa fria penetrando meus ossos. Já era fim de tarde, mas ainda estava claro. Desci da árvore, peguei minhas coisas e continuei andando. Mais à frente, um abismo se abria no meio do caminho. O paredão de pedra, mais abaixo, reluzia com os últimos raios dourados do sol. Olhei em volta para ver se tinha como passar pelo abismo, mas não vi nada. Notei um grande cipó, que era a minha única opção. O cipó amarrava-se numa grande árvore ao meu lado. Peguei o facão e tirei uma lasquinha da planta, para ver se estava viva. Estava. “Que bom”, pensei. Se estivesse morta com certeza arrebentaria. Agarrei o cipó e respirei fundo. Aquilo era um buraco e tanto. Saltei. Começo a acelerar rapidamente. Sinto o vento bater nas minhas orelhas. Quando começo a escorregar, bato contra o paredão. Larguei o cipó. Quase caí no abismo, mas me agarrei numa fenda na rocha e comecei a escalar. Por sorte, eu havia parado a poucos metros do topo. Dali uns cinco minutos, eu cheguei no topo.
    Continuei andando.comecei a olhar em volta e vi uma paisagem incrível. Samambaias de vários metros de comprimento saem das rochas de onde brota umidade. Musgo e líquens dominas as pedras da região. Flores enormes e exóticas enfeitavam o caminho. O lugar estava úmido, e, ao longe, ouvia-se o som de uma cachoeira. Atrás de umas pedras um rio veloz e turbulento corria. Da terra úmida brotavam cogumelos, e alguns eram do tamanho do meu pé. Orquídeas de todos os tipos repousavam no tronco das árvores. Pássaros gorjeavam por toda parte, procurando um lugar para passar a noite. Olhos cintilantes de um gato selvagem me espiavam do meio do mato.
    Os grilos e cigarras já começavam a sua serenata. A claridade já estava se esvaindo, formando um pôr do sol inebriante. Vaga-lumes já começavam a aparecer aqui e ali, vagando e me acompanhando lado a lado. Um sapo amarelo cruzou meu caminho coaxando à procura de insetos.
    Cheguei à cachoeira e vi que atrás da coluna de água havia uma caverna escondida. Entrei. A rocha formava uma espécie de cúpula. A cachoeira formava uma cortina bem na entrada, mas um pequeno caminho podia ser transposto. Lá dentro, assei mais cobra e comi. Depois, deitei de lado e tive uma noite tranquila, mas sem sonhos.   

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