Apresentação

A ideia de criar um blog me perseguia a tempos. Foi só numa aula de redação que ocorreu o pontapé inicial. Uma proposta de criar um blog e escrever, valendo nota. Atualmente, não estou preocupado ou me importando com a nota. Gostei de bloggar, e farei isso com prazer!
Ivan Koelsch

Mural

Muito bem, gente...
depois de quase um século sem atualizar meu blog voltei com esse mural novo...
Meus foguetes ainda estão lá, firmes e fortes, mas "aposentados até as férias". Comecei a fazer algo bem diferente: Bombas de fumaça! Comprei o ingrediente principal no mercado livre (KNO3) e é bem legal. Minha mãe não me deixou fazer DENTRO de casa, então eu, muito engenhoso, cavei um buraco no chão, com tamanho o suficiente pra caber umas 4 telhas empilhadas. Então eu achei uns tijolos daqueles de churrasqueira, e coloquei-os em volta do buraco. Coloquei areia e umas pedras amarelas em volta. Recentemente eu passei cimento em volta pra não sair fumaça por todos os lados. Até que ficou bom. Achei uma chapa redonda de panela (que se põe embaixo da dita-cuja) e pus em cima do "forninho". Ali eu coloco lenha e faço a bomba!
comecei hoje (dia 31) a fazer pólvora! deu certo até agora...
Ivan

terça-feira, 5 de abril de 2011

Primeiro trecho

PRÓLOGO


Era uma tarde tranqüila. No céu azul nuvens brancas passavam sendo levadas pela brisa. Pássaros cantavam, dando a sensação de paz. Carros passavam em frente da minha casa, enquanto arrumava minhas coisas. Da janela a luz do sol vinha e banhava o meu quarto, dando vida ao cômodo. Uma goiabeira frondosa, plantada no jardim da minha casa, deixava um cheiro delicioso no ar. Dali a alguns minutos, meus amigos chegaram. Dimitri, um dos cinco que estavam lá me chamou.
-Eliakim!- gritou.
-já vou!- respondi.
Desci correndo as escadas, dei um abraço na minha mãe e disse para ela mandar um abraço pro meu pai, que não estava em casa. Passei na dispensa e peguei uns marshmellows. Abri a porta da varanda e dei de cara com o meu cachorro, o Martin. O Bull terrier me olhou com seu dinossauro de plástico na boca, pedindo que eu jogasse. Mas eu disse que hoje não, e afaguei o seu pescoço e saí.
Meus amigos me esperavam ansiosos, rindo e gritando, felizes por estarmos fazendo o que há tempos planejávamos: iríamos acampar num tipo de descampado, cercado por florestas, bem longe da cidade. O Seu Michel, um polonês pai de um amigo meu nos esperava no carro. Entramos. Ele nos levou pela estrada até o lugar escolhido. Passamos por vastas plantações de trigo, que ondulavam ao vento, parecendo um mar amarelo.
Passamos meia hora sem ver nenhum outro carro na estrada, e a cidade já tinha ficado muito pra trás. Só o que víamos era uma mata assomando-se a nossa frente. Seu Michael nos desejou sorte e juízo, disse para tomarmos cuidado. Pegamos nossas malas e mochilas com suprimentos, barracas, travesseiros e claro, varas de pescar. Havia um córrego por ali. Despedimo-nos do polonês e seguimos caminhando atravessando uma trilha.
O silêncio acalmou nossa ansiedade e durante o trajeto, passamos a observar as árvores, flores e pássaros que a região abrigava. Eu nunca tinha visto nada daquilo, e pra mim era um mundo novo. Por fim chegamos ao descampado e preparamos as barracas ao lado de um córrego no qual nadamos por horas. A água era cristalina e os peixes faziam cócegas mordiscando nossos pés.
Fiquei pensando na sorte que tínhamos em podermos ver um lugar tão bonito. Iríamos ficar lá por algumas semanas, e depois que acabasse a comida que nos trouxemos, iríamos nos alimentar com as coisas da mata. As férias fazendo aula de escoteiro nos renderia facilidade para lidar com a mata. Tínhamos responsabilidade, já. Eu estava com dezoito anos e o mais novo dos cinco era o filho do polonês, co dezessete.
Nada poderia dar errado, pensei comigo mesmo. Nada, até aquela trágica noite.

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