Apresentação

A ideia de criar um blog me perseguia a tempos. Foi só numa aula de redação que ocorreu o pontapé inicial. Uma proposta de criar um blog e escrever, valendo nota. Atualmente, não estou preocupado ou me importando com a nota. Gostei de bloggar, e farei isso com prazer!
Ivan Koelsch

Mural

Muito bem, gente...
depois de quase um século sem atualizar meu blog voltei com esse mural novo...
Meus foguetes ainda estão lá, firmes e fortes, mas "aposentados até as férias". Comecei a fazer algo bem diferente: Bombas de fumaça! Comprei o ingrediente principal no mercado livre (KNO3) e é bem legal. Minha mãe não me deixou fazer DENTRO de casa, então eu, muito engenhoso, cavei um buraco no chão, com tamanho o suficiente pra caber umas 4 telhas empilhadas. Então eu achei uns tijolos daqueles de churrasqueira, e coloquei-os em volta do buraco. Coloquei areia e umas pedras amarelas em volta. Recentemente eu passei cimento em volta pra não sair fumaça por todos os lados. Até que ficou bom. Achei uma chapa redonda de panela (que se põe embaixo da dita-cuja) e pus em cima do "forninho". Ali eu coloco lenha e faço a bomba!
comecei hoje (dia 31) a fazer pólvora! deu certo até agora...
Ivan

terça-feira, 5 de abril de 2011

Quinto trecho


4. A montanha de corpos
      Ao longe, vi uma forma irregular que se erguia da terra. Fui chegando mais perto ate que pude sentir o cheiro de putrefação que enchia o ar. Já nítido, pude descobrir o que era: uma montanha de corpos, um cemitério que não tinha túmulos nem covas, apenas corpos. A maioria era de soldados, mas também tinham alguns civis. Notei que não havia abutres ou coisa do tipo, porque provavelmente eles também estavam mortos. O pensamento de solidão me invade a cabeça, mas tento não pensar nisso. Foco meu olhar em alguns soldados: percebo que eles carregam consigo cantis. Peguei vários e me deliciei com água limpa, que me purificou até a alma. Notei também que alguns soltados tinham provisões. Consegui achar uma bolsa de militar, toda rasgada e chamuscada, e coloquei o máximo de alimentos que pude dentro dela. Os alimentos eram barras de cereais, pastas sabor disso e sabor daquilo, coisas que eu nunca tinha visto na minha vida, mas também tinham conservas de pepinos, leite condensado, carne seca em tiras e alguns saquinhos de amendoins torrados. Após por tudo dentro da bolsa, segui procurando por coisas úteis. Achei dois canivetes, um com cabo de marfim, com a lâmina de aço inoxidável polida e bem afiada e outro com cabo de madeira esculpida de forma intrigante, com um anel dourado nas extremidades, com a lâmina curva, arrebitada para cima, grafada com os dizeres “coragem e determinação”. Dizeres com os quais me identifiquei. Achei também um facão comprido, de ferro, não muito bonito, mas bem útil. Achei também uma pistola e munição, que eu peguei por segurança.
      Saí às pressas do local pois uma forte tempestade se aproximava. Nuvens negras se erguiam acima de mim, e o vento ondulava a relva, aonde ela ainda existia. Fiquei assustado: nunca vira uma tempestade tão negra ou tão ameaçadora quanto essa. Olhei a frente. Tinha de chegar a uma colina antes que a tempestade começasse. Mas no estado em que eu estava, demoraria uns 40 minutos para chegar até lá. Se estivesse são, chegaria em 20 minutos.
      A colina demarcava o início de uma mata, e ali eu poderia me esconder da chuva. Já estava quase lá quando um raio anunciou o início da tempestade. Os ventos já me castigavam-me dificultando a progressão antes da chuva começar, mas agora, tudo piorara. As gotas de chuva eram muito grandes, e seu impacto ardia. Começou a chover pedra, e em um ou dois minutos já estava tudo alagado. Eu notei que essas pedras de gelo estavam enegrecidas, como se tivesse congelado coca-cola. As pedras açoitavam minhas costas, mas eu já estava conseguindo chegar à colina. Alguns minutos depois, cheguei ao seu sopé. Era uma subida sem obstáculos ou íngreme, mas o que dificultava o trajeto até a mata era o fluxo de lama que descia colina abaixo como um rio revolto.
      Enfim, depois de muito esforço, consegui chegar à mata. Logo na entrada, havia arvores altíssimas e com o tronco largo, algumas talvez com milhares de anos. Logo me ajeitei entre as raízes calejadas de uma árvore-gigante. Ali pude ficar sem que a chuva me molhasse. O teto de folhas daquela árvore fazia uma boa proteção.

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