15. Mais tropas
Aquele barulho medonho fez toda a floresta trepidar. A granada que joguei no caminho foi o suficiente para dizimar todos. Pelo menos agora eu teria comida e munições para vários dias. Fiquei feliz, em parte, mas tive a sensação de ser um assassino sangue frio.
Recolhi o que ainda tinha condições de ser usado e parti floresta adentro. Não tardou e outra tropa veio em minha direção. Me escondi em um arbusto, armas à postos. Eu estava cansado, por isso decidi deixá-los em paz. Eles passaram por mim e não me notaram. Era uma tropa jovem, alguns com no mínimo vinte anos. Eram em dez. Seguiam em direção contrária à minha, e provavelmente logo encontrariam os corpos dos outros soldados. Fiquei escondido até a tropa sumir de vista. Continuei andando por mais algum tempo, e mais tarde parei para comer. Ao abrir a mochila senti um cheiro esquisito. Era a cobra que começava a se decompor. Joguei os seus restos no mato e comi só umas barras de cereal. Então, comecei a ouvir uns sons nada convidativos. A mais sensata atitude que tomei foi me ocultar nas sombras o máximo que pude. Eram sons de explosões.
Bum! Ecoou pela floresta o barulho de um estouro. O som de tiros vinham abafados pela vegetação. Ouvi o barulho de um motor potente e um jato supersônico passou. Bem longe, na densa vegetação, vi as luzes dos tiros saindo de metralhadoras. Tinha que me esconder! Ouvi o barulho de água corrente, e corri para a direção de onde vinha esse som. Encontrei um rio. Mergulhei e nadei até o outro lado pelo fundo. Na outra margem, tratei de me esconder. Embaixo de folhas bem grandes achei lama, e me enterrei nela.
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